Portão de entrada para a região vinícola da Alsácia, Estrasburgo é um destino de viagem encantador, que merece pelo menos dois dias inteiros em um roteiro de viagem pela Europa. Situada no nordeste da França, ao lado da fronteira com a Alemanha – da qual é separada pelo Rio Reno -, a cidade pertenceu ao Império Germânico até 1615, quando os exércitos de Luís XIV conquistaram a região.
Em 1871, após a guerra franco-prussiana, Estrasburgo voltou a ser alemã, mas só até 1918. Ao final da Primeira Guerra, retornou para a França, que voltou a perdê-la em 1940 com a ocupação nazista. Ao fim da guerra, em 1945, a cidade se tornou parte do território francês em definitivo.
A trajetória tão conturbada contribuiu para dar ainda mais charme à Estrasburgo de hoje: cultura, arquitetura e gastronomia alemã e francesa convivem em harmonia em uma mistura deliciosa e única. Em uma recente viagem à região, eu tive a oportunidade de passar três dia por lá, e te conto sobre a atração que mais gostei: o Palácio Rohan.
Construído entre 1732 e 1742 segundo projeto do mesmo arquiteto real que projetou Versailles, Robert de Cotte, o Palácio Rohan é uma obra-prima da arquitetura barroca.
Apesar de lembrar Versailles, o Palácio Rohan tem uma enorme vantagem sobre o outro palácio mais famoso: não tem multidões de visitantes impedindo a observação dos ricos detalhes em cada cantinho, nem competindo por espaço com você. Na minha visita, muitas vezes eu era o único a dividir os salões com a arte e a história. Muito bom!
Durante a Revolução Francesa, grande parte do mobiliário original foi vendido e detalhes decorativos destruídos durante a Guerra Franco-Prussiana, em 1870. Depois do bombardeio em agosto de 1944 um trabalho de restauro e busca por objetos remanescentes se iniciou, e ao longo dos anos novas peças vêm sendo confeccionadas com a aparência das originais.
O século 18 é considerado a era dourada na historia do artesanato de Estrasburgo, com destaque para a cerâmica fina, trabalhos têxteis, arte em metal e os ourives da cidade eram respeitados por toda Europa. Além de livros, esculturas e tapeçarias, na biblioteca você encontrará cópias dos retratos dos reis Luís XIV e XV feitas em 1950, cujos originais se encontram em Versailles. A tapeçaria retrata a vida do imperador Constantino, criada a partir de obras de Rubens.
No segundo setor do museu, uma das salas de que mais gostei foi a dos relógios, com uma exposição fantástica de relógios astronômicos e peças relacionadas, inclusive do primeiro relógio astronômico instalado na catedral de Estrasburgo.
O palácio funciona diariamente das 10h às 18h, exceto às terças-feiras. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do museu. Se tiver mais tempo em Estrasburgo, faça as contas e economize ao comprar o Strasbourg Pass, o cartão de descontos que inclui visita gratuita a um museu (inclusive ao Palácio Rohan), passeio de barco pelos canais, visita à plataforma e ao Relógio Astronômico da Catedral de Estrasburgo, desconto de 50% em um segundo museu, e o áudio guide pelo centro histórico e outras atrações. Pode ser adquirido no Office de Tourisme, em frente à magnífica catedral.
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Data de publicação: 18/06/2020 - 10:56
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