Títulos à parte, Alhambra é uma da Maravilhas do Mundo. Situada no alto da colina de La Sabika, que domina a cidade de Granada, na Andaluzia, Alhambra é um espetáculo da aquitetura e da engenhosidade humana.
Visitar este enorme monumento, vale uma viagem até o sul da Espanha.
Alhambra é na verdade um complexo de palácios e fortalezas que serviram aos mouros, da Dinastia Nasrida, e também à corte do Reino Católico de Granada. Apesar de imponente por fora, o verdadeiro atrativo, está nos interiores. A decoração revela o auge e a opulência da arte islâmica, e do renascimento europeu.
Ao todo são 740 metros de comprimento por 205 metros de largura cobrindo uma área de cerca de 142 000 m². Nesta área estão vários palácios, cercados por uma muralha, flanqueada por 13 torres, algumas defensivas e outras destinadas a providenciar vistas panorâmicas para os moradores.
Dos seis palácios, cinco estão agrupados no quadrante nordeste formando um quarteirão real; com duas torres circulares e numerosos pátios de banhos. Assim, durante o domínio da Dinastia Nasrida, esta parte de Alhambra foi transformada numa cidade quase auto-suficiente, com hortas, pomares, áreas de criação de animais e sistema de irrigação próprio.
A maior parte de Alhambra foi construída entre 1248 e 1354, nos reinados de Maomé I e dos sucessores. Como Alhambra foi o último bastião do reino nasrida, suas muralhas concentraram os artistas e intelectuais mouros, que procuravam refúgio no decurso das vitórias cristãs por todo o al-Andalus.
O domínio muçulmano de Granada chegou ao fim em 1492, quando os nasridas foram derrotados pelo Rei Fernando II de Aragão e pela Rainha Isabela de Castela. Depois dessa data, os conquistadores alteraram o complexo arquitetônico, para fazer da Alhambra um palácio real europeu.
As pinturas inacabadas foram cobertas de cal; apagaram-se as decorações mouras e os azulejos dourados; o mobiliário foi destruído, ou levado para outros locais. No século 16, Carlos V reconstruiu partes do complexo, em estilo renascentista contemporâneo, destruindo grande parte do palácio de inverno para dar espaço a uma estrutura, que nunca chegou a ser concluída.
Filipe V (1700–1746) redecorou os quartos em estilo italiano. Em 1812, algumas das torres foram demolidas pelos franceses, comandados pelo Conde Sebastiani. O resto do edifício escapou por pouco - aliás, destruir era a intenção inicial de Napoleão. Contudo, um soldado incapacitado, querendo frustrar as intenções do seu comandante, desarmou alguns dos explosivos, salvando o que restava de Alhambra para a posteridade.
O Comité do Património Mundial da UNESCO declarou Alhambra e o Generalife de Granada, o anexo, como Património Cultural da Humanidade, em 1984. Cinco anos depois, o bairro do Albaicín (Al Albayzín), antiga cidade medieval muçulmana, que cerca as muralhas pelo lado de fora, obteve a mesma denominação, como extensão da declaração de Património Cultural da Humanidade de La Alhambra e do Generalife.
A Alhambra foi um dos 21 candidatos finalistas para a eleição das Novas Sete Maravilhas do Mundo. Embora, no final, não tenha conseguido arrebatar o título, Alhambra merece estar entre os mais belos monumentos do mundo.
Para conhecer é preciso reservar com antecedência. A Cidade de Granada limita o número diário de visitantes. A visita dura pelo menos 3 ou 4 horas. Se você puder, contrate um bom guia: faz toda a diferença.
Enviado por: Administrador
Data de publicação: 23/11/2019 - 06:04
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